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| Em busca do Espírito – As grutas se constituem de etapas do caminho iniciático dos futuros “Perfeitos”. |
 O jovem neófito cátaro começa sua busca espiritual subindo pelas “igrejas de Ussat. Ele transpõe a “muralha simbólica” que separa o mundo material, profano e muito bem conhecido que ele ainda possui, do mundo espiritual que ainda lhe é desconhecido, mas pelo qual tem ardente aspiração. Ele entra, então, acompanhado de um ancião, na gruta-igreja de Ussat. É o início de uma longa formação, uma outra vida ritmada por trabalho, estudo, preces e jejuns.
Seguindo pelas galerias subterrâneas e trilhas da montanha, ele chega às grutas vizinhas: a capela, as cozinhas, os ateliês, as criptas, a gruta da Acácia, onde ele descobrirá mais tarde um símbolo maior gravado na rocha: a cruz do grão-mestre.
Com o tempo, sua percepção interior se acurando, ele avança para o leste chegando a um outro grupo de grutas: “Ramploque”, o “Eremita”, o “Avô”, para aí prosseguir na segunda etapa de sua iniciação nas três grutas sagradas de “Kepler”, “Mès-Naut” e “Ka” : fase essencial de total purificação, de morte para a vida inferior e de elevação, chamada “endura”.
Candidato à perfeição, ele agora é introduzido em um processo de iniciação da verdade vivente, uma “endura” de três fases das quais duas já estão parcialmente vencidas:formação, reformação e transformação.Antes de receber o “consolamentum”, o futuro perfeito devia abandonar sua “lagarta”, ou seja, a vida ligada à matéria, libertar-se moralmente (gruta de Kepler).
A lagarta adormece em uma crisálida depois da morte de sua primeira matéria.O homem material se torna homem-espírito na segunda gruta (Mês-Naut).A terceira gruta sagrada (Ka) testemunha sua transformação de homem-espírito em alma-luz revelada.
A crisálida se transforma em um inseto perfeito que alça vôo, uma alma perfeita.Na terceira e última etapa de seu “renascimento” segundo a alma divina tornada pura luz, o futuro perfeito é conduzido à mais importante de todas as grutas: as de Belém, em Ornolac.
Ele passa a “porta mística” que separa o domínio dos “viventes segundo a alma” do domínio dos mortos. Depois deste ponto fica a enorme casa de pedra, morada dos sacerdotes cátaros.
Ele entra na fase crucial de sua iniciação. |
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